quinta-feira, 29 de outubro de 2015

"Pioneers of Globalization -- Why the Portuguese surprised the World", de Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas


«Globalization is a product of the modern world. Although among economists there is no common overarching opinion in relation to the development of economic globalization, recent studies show three basic waves in the last five and a half centuries.

The first wave was a consequence of the voyages across the oceans, initiated by the Portuguese at the beginning of the 15th century. It is only after the discoveries they made that the term «international commerce» begins to make sense – it became truly global involving four continents. Leo Huberman, in his famous Man’s Worldly Goods, considers this period a real “commercial revolution”, when trade took on a dimension that had not existed during the Mongolian Empire or the golden Mediterranean age with the Italian maritime republics.

The elaboration of an evolving portfolio of commodities transformed Portugal, the “small peripheral rectangle of Europe,” as a main focus point. First, in Lagos, with the establishment of the House of Guinea by Prince Henrique, which assisted the infamous boom of slave trade, and later on, with the appearance of the new golden route in the Atlantic Ocean. The cultivation of sugar cane in Madeira, from 1452, would also bring a new type of business.

Later, King João II decided to move the House of Commerce to Lisbon, naming it the House of Mina. After Vasco da Gama’s return from India, spices entered through the Tejo river and Portugal assisted in the birth of the House of India, set in Ribeira Palace, during the reign of King Manuel I. In 1503, the “Baixa Lisboeta” became the center of the European pepper trade.»



domingo, 25 de outubro de 2015

"Não gosto tanto", poema de Adília Lopes

A carne é triste, sim, e eu li todos os livros.

Mallarmé


Não gosto tanto
de livros
como Mallarmé
parece que gostava
eu não sou um livro
e quando me dizem
gosto muito de seus livros
gostava de poder dizer
como o poeta Cesariny
olha
eu gostava
é que tu gostasses de mim
os livros não são feitos
de carne e osso
e quando tenho
vontade de chorar
abrir um livro
não me chega
preciso de um abraço
mas graças a Deus
o mundo não é um livro
e o acaso não existe
no entanto gosto muito
de livros
e acredito na Ressurreição
dos livros
e acredito que no Céu
haja bibliotecas
e se possa ler e escrever.


Adília Lopes, De Florbela Espanca espanca (1999)


Chapter I - Pronunciation and spelling (II)

1.1 Vowels

1.1.1 Oral vowels

e -- example -- pronounced as

open e -- cheque -- cheque

closed e -- cabelo (hair) -- fill

unstressed e -- leque (hand-held fan) -- bake

as conjunction, or -- e (and) --                          eel
as first syllable of word -- elástico (elastic) --    eel


"As Primeiras Coisas", de Bruno Vieira Amaral - Prémio Literário José Saramago



Bruno Vieira do Amaral é o vencedor do Prémio Literário José Saramago de 2015. As Primeiras Coisas, publicado em 2013 pela Quetzal, é o seu primeiro romance e já contava com três distinções: o prémio PEN Narrativa, o prémio Fernando Namora e o prémio de Livro do Ano da revista Time Out.
O anúncio foi feito na Casa dos Bicos, em Lisboa, no passado dia 20 de Outubro. 

-- // --





«QUANDO, EM FINAIS DOS ANOS NOVENTA, voltei costas ao Bairro Amélia, com os seus estendais de gente mórbida, a banda sonora incessante das suas misérias, nunca pensei que a vida me devolveria ao ponto de partida. Naquele dia final, enquanto olhava pela janela do carro, senti uma onda de orgulho a alastrar pelo meu peito, uma sensação de triunfo. Dava um belo travelling.
Estou em crer que a rádio passava uma peça da Suite Bergamasque, embora não o possa jurar. A memória trai-me.
A sorte dos que lá ficavam era-me indiferente. Cresci com a ideia de que só os derrotados, os vagabundos e os infelizes não saíam de lá, pessoas que se confundiam com a paisagem, os candeeiros
de globos partidos, as balizas ferrugentas do Arregaça, as paredes encardidas, os bancos lascados dos parques. Estes ensinamentos foram-me inoculados sem especial zelo pela minha família, transmitidos quase como um ruído de fundo que acaba por se integrar no nosso pensamento, o rumor que se ouve quando tudo está em silêncio. Saí para o mundo convicto da vitória e regressei, cabisbaixo, com o fardo do meu fracasso. Não importa detalhar o insucesso. Direi apenas que a queda não foi tão espectacular que me levasse a acreditar no destino, nem tão imperceptível que não me envergonhasse. Foi um fracasso ordinário e marcante.»


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Portugal - Um Dia de Cada Vez

«Uma viagem que começa no extremo Norte de Portugal e que, por terras de Trás-os-Montes e do Alto Douro, visita uma dúzia de aldeias e lugares. As casas, os cafés, as ruas, e as pessoas que ainda as habitam. É o retrato do dia a dia de algumas dessas pessoas, cada vez menos, cada vez mais idosas. E sós. Gente que leva a sua vida, um dia de cada vez.» [daqui]






Chapter I - Pronunciation and spelling

1.1 Vowels

1.1.1 Oral vowels

a -- example -- pronounced as

open a -- gato (cat) -- fat

closed a -- sapato (shoe) -- about

unstresses a -- boca (mouth) -- announce


Maria Lisboa

Olá a tod@s!